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Jun

Curso de recreação e animação - RecreUnção

No último final de semana, nos dias 25 e 26 de junho foi realizado o curso de recreação e animação, nas dependências da paróquia Imaculada Conceição. Foi a primeira vez que a paróquia promove um curso voltado à recreação e animação. Recreação é um meio para educar, alfabetizar, motivar e evangelizar. O curso de recreação tem como objetivo motiva e reciclar os profissionais da educação como os professores, pedagogos, professores de educação física, monitores de creches e pessoal da área de turismo. Também pode participar todos que participam na área da evangelização como catequistas, campistas, líderes de comunidade. O mesmo tem como objetivo reciclar todo esse pessoal que trabalha nesse segmento, trazendo uma nova metodologia na forma de se trabalhar.

O curso foi ministrado pelo professor Gleison Rodrigues de Presidente Venceslau, Especialista em Recreação e Lazer – UNOPAR de Londrina; Especialista em Treinamento Desportivo – UNOPAR de Londrina; Especialista em Pedagogia – FAPREV de Presidente Venceslau; Especialista em Docência em Ensino Superior – FAPREV de Presidente Venceslau; Professor de Educação Física – UNESP de Presidente Prudente; Animador de Recreação em estas, aniversários, acampamentos, projetos, etc.

Mas afim de o que é Recreação?

A recreação tem origem na pré-história, quando o homem primitivo se divertia festejando o inicio da temporada de caça, a habitação de uma nova caverna. Essa manifestação da vida humana se transformou em danças primitivas de caráter de adoração, rituais fúnebres, invocação dos deuses, com o aspecto recreativo de alegria e vencimento de obstáculos.

As atividades sociais dos adultos representadas pelos jogos coletivos de culto religioso foram divulgadas de geração em geração pelas crianças em forma de “brincadeiras”.

O movimento da recreação sistematizada iniciou na Alemanha em 1774, com a fundação do Philantropinum por J.B. Basedow, anteriormente professor da escola de nobres da Dinamarca, onde ficara impressionado com a concepção de ensino, em que as atividades de intelectuais ficavam lado a lado com as atividades físicas de equitação, lutas, corridas e esgrima, praticadas na época.

O currículo dessa instituição consistia de disciplinas teóricas, sendo trabalhos manuais, recreação, e a última disciplina era composta de esgrima, equitação, lutas, caça, pesca, excursões e danças. A concepção do ensino previa jogos para os primeiros anos escolares e a preparação física e mental para as classes maiores.

Para Guerra (1988), no Estados Unidos, o movimento iniciou-se em Boston (1885), com a criação de jardins de areia para crianças pequenas. Com o correr do tempo, as atividades ali praticadas não ofereciam condições de atender os freqüentadores de 12 a 15 anos, que acompanhavam os irmãos menores.

O valor da recreação aumentava, e com ela a necessidade de incluírem-se programas que satisfizessem ao publico jovem e adulto. Por isso o termo playground teria que mudar para recreação, definindo em conceito mais amplo de brincadeiras para as crianças e outras atividades para adultos.

De acordo com Guerra (1988), no Brasil, a criação de praças públicas iniciou em 1927, no Rio Grande do Sul, foram improvisadas as mais rudimentares aparelhagens. Pneus velhos, amarrados às árvores, constituíam um excelente meio de recreação para a garotada.

Segundo Gaelzer (1952), Porto Alegre foi a pioneira de projeto dessa natureza, que tem pó objetivo levar às vilas e bairros da capital a cultura, o aproveitamento sadio das horas de lazer e a integração do homem na sua comunidade.

O tempo tornou-se escasso para o homem da sociedade pós-industrial, sendo assim, um bem extremamente apreciado. O homem procura no lazer e no lúdico a valorização do ser humano, o prazer de compartilhar o seu “tempo disponível” com os amigos e a família. A descoberta de novos horizontes, o desenvolvimento do intelecto, o descanso merecido são alguns destes, porém, cada individuo sabe como melhor aproveitar esse tempo livre da maneira que lhe convenha e dê mais satisfação.

Recreação

A recreação busca usar bem o tempo livre, pois a recreação é uma derivação do conceito de lazer, e vem com maior ênfase no final da década de 80, mas somente em meados da década de 90 é que a recreação e o lazer passam a fazer parte do produto hoteleiro.

O setor de recreação dentro do hotel tem a finalidade de descontrair e entreter o hóspede, pois quando as pessoas sentem-se bem num determinado local, eles dão um significado especial àqueles momentos, procurando revivê-los sempre que possível, porque causaram prazer.

Em um conceito geral, a recreação busca aliviar as tensões diárias, contribuindo para o alívio e o equilíbrio físico e emocional, buscando uma maior convivência em grupos, socialização, humanização, através de atividades descontraídas e realizadas sem obrigação.

Muitos autores não distinguem diferenças entre lazer e recreação, pois acreditam ser a mesma coisa. Antunes (2002), Benjamin (2002) e Kishimoto (2002) definem a recreação como uma função do lazer, isto é, a recreação seria o momento ou a atividade em que o individuo esta se auto-expressando, mostrando suas possibilidades, faculdades, sendo, enfim, ativo.

A atividade na recreação é espontânea, mas o mesmo tempo não deve ser um “fazer por fazer”. É o processo de recriar, de renovar e não apenas a realização de uma simples atividade, com um resultado qualquer.

Kishimoto (2002) acredita que a diferença da recreação para o lazer é que a recreação procura uma satisfação imediata, é uma atividade, ao passo que o lazer é um processo mais amplo, com mais variáveis, como, por exemplo, diferentes conteúdos culturais, influencia nas mídias, descanso.

A recreação se utiliza principalmente do JOGO, o ato de jogar é tão antigo quanto o próprio homem, pois este sempre manifestou uma tendência lúdica, isto é, um impulso para o jogo.

Camargo (2004) e Kishimoto (2002) ainda vão alem,a firmando que o jogo não se limita apenas à humanidade – seria anterior, inclusive ao próprio homem, pois já era praticado por alguns animais.

Toda recreação é desenvolvida com uma finalidade, e com objetivos, conforme CAVALLARI et AL (2001) enumera:

a) Integrar o individuo ao meio social;

b) Desenvolver o conhecimento mútuo e a participação grupal;

c) Facilitar o agrupamento por idade ou afinidades;

d) Desenvolver ocupação para o tempo ocioso;

e) Adquirir hábitos de relações interpessoais;

f) Desinibir e desbloquear;

g) Desenvolver a comunicação verbal e não verbal;

h) Descobrir habilidades lúdicas;

i) Desenvolver adaptação emocional;

j) Descobrir sistemas de valores;

k) Dar evasão ao excesso de energia e aumentar a capacidade metal do individuo;